domingo, 13 de novembro de 2011

BARCO À VELA







Barco a Vela .

Fonte: br.geocities.


A vela em um barco se baseia no Princípio de Bernoulli, o mesmo princípio que explica a sustentação das asas de um avião. Só que no veleiro a asa está virada de lado.

Quando viaja na direção do vento, o veleiro é submetido à simples pressão do vento em sua vela; essa pressão impele a embarcação para a frente. Mas ao navegar contra o vento, a vela é exposta a um conjunto mais complexo de forças.

Quando o ar em movimento passa por trás do lado côncavo da vela, ou barlavento, sua velocidade diminui; e quando passa pela parte dianteira, ou sotavento, o ar flui mais rapidamente. Isso origina uma zona de alta pressão atrás da vela e uma zona de baixa pressão a sua frente. A diferença de pressão entre os dois lados cria uma força para a frente, em ângulo com o vento.

O veleiro ainda se submete a uma força lateral devido a resistência da água. A composição das duas forças cria a força resultante na direção do movimento.

Um barco não avança em linha reta para o meio do vento; ele realiza a manobra conhecida como "cambar", ziguezagueando em uma série de movimentos curtos e angulares. Se o vento soprar do lado esquerdo do veleiro, diz-se que ele camba para bombordo; do lado direito, camba para boroeste.

Para aumentar ao máximo a velocidade, o navegador procura ajustar as posições da vela. Para minimizar o afastamento da linha reta no deslocamento, o barco navega cambando de bombordo para boroeste.

Quando muda de posição, a vela oscila na transversal, panejando por um momento ao ficar de face para o vento. O barco diminui a velocidade nessa chamada zona morta, até ser de novo colhido pelo vento, no lado oposto.

Na antigüidade os homens não sabiam como velejar contra o vento. Eles tinham que usar remos para vencer o vento contrário. Há cerca de três mil anos um árabe, hoje desconhecido, construiu um navio que podia velejar contra o vento.

Navios cada vez maiores foram sendo construídos permitindo viagens cada vez mais distante

A utilização de navios como meio de transporte se alastrou a 5.000 anos atrás, na civilização ocidental, com a invenção do Barco a Vela.

A utilização da força do vento tornou possível o deslocamento de pessoas e mercadorias por distâncias cada vez maiores. Por volta de 2.500 a.C. barcos egípcios estabeleceram o comércio entre a foz do Nilo e a Terra de Canaã, enquanto a civilização Suméria navegava entre os Rios Eufrates e Tigre, saindo do Golfo Pérsico e estabelecendo comércio com a Índia.

A 800 a.C. os Fenícios estabeleciam colônias na Espanha e norte da África Galeras ou Galés, inicialmente movidas a remo, ganharam uma vela quadrada em um único mastro. Podiam assim velejar a favor do vento. Assim, a navegação no Mediterrâneo dependia da habilidade do marinheiro em reconhecer as direções do vento para a realização da travessia desejada. Nascia então a Rosa dos Ventos.

O desenvolvimento da astronomia, da geometria esférica pelos gregos e a demonstração da esfericidade da terra por Heratósthenes, possibilitaram o desenvolvimento de conceitos de latitude e longitude. Técnicas de orientação e navegação pela observação das estrelas já eram comuns no início da era cristã.

Estas técnicas são perdidas pelos europeus durante a idade média, mas conservadas pela civilização árabe e reaprendidas pelos portugueses e espanhóis na era do descobrimento.

A Escola de Sagres em Portugal, no século XV, desenvolveu a tecnologia de construção das Naus e Caravelas, bem como as técnicas de marinharia e navegação, necessárias às grandes viagens de descobrimento.

Como estes barcos possuíam habilidade para velejar quase perpendicularmente à direção do vento, eles possibilitaram enorme avanço na capacidade de navegação.

Mas ainda não era possível velejar contra o vento. Assim a travessia do Atlântico só foi possível com a descoberta das correntes marítimas do Atlântico Norte e do Atlântico Sul.

Os Portugueses a chamaram de "a grande volta do mar". Vasco da Gama na viagem em que descobriu a volta do Atlântico Sul, encontrou sinais da existência de terras mais para o oeste. Dois anos depois Cabral aportava em Porto Seguro.

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